DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA COM CANCRO

Pediatria

O Dia Internacional da Criança com Cancro é assinalado anualmente a 15 de Fevereiro. 

O cancro em crianças e jovens é raro. Em Portugal são diagnosticadas, anualmente, cerca de 400 crianças com cancro, o que representa mais ou menos 1% de todos os cancros. Apesar da taxa de cura ser elevada e rondar atualmente os 80% (superior à da maioria dos casos em adultos), o cancro ainda é a principal causa de morte por doença em crianças após o 1º ano de vida.

Os cancros infantis podem ser bastante diferentes daqueles que afetam os adultos e tendem a ocorrer em zonas diferentes do corpo. A leucemia é o tipo mais comum (correspondendo a cerca de 33% dos cancros infantis), seguida dos tumores do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal – 25%) e dos linfomas (8%). Também afetam as crianças: o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor na retina), tumor de células germinativas (células que vão dar origem aos testículos e ovários), osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores dos tecidos moles) e tumores hepáticos.

O plano de tratamento depende do tipo e extensão da doença, bem como da fase em que é feito o diagnóstico. O objetivo de qualquer tratamento é a cura. Não sendo possível a cura, o tratamento está ainda indicado para atrasar a evolução da doença durante o maior tempo possível. A maioria dos tratamentos inclui cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Alguns envolvem terapêutica hormonal ou biológica. Adicionalmente, pode ser usado o transplante de células estaminais (indiferenciadas), para que o doente possa receber doses muito elevadas de quimio ou radioterapia.

Como as crianças ainda estão em crescimento, estes tratamentos podem ter efeitos colaterais que não ocorrem nos adultos. Por exemplo, em uma criança, um braço ou uma perna tratada com radiação pode não crescer completamente. Caso o cérebro seja tratado com radiação, o desenvolvimento intelectual pode não ser normal.

Ainda não se sabe o que provoca o cancro infantil. É muito raro haver outras crianças com cancro na família, já que a maioria dos cancros não é causada por um gene “defeituoso” herdado, pelo que normalmente não é necessário investigar os irmãos. O cancro não é infecioso, e não se transmite a quem entra em contacto com a criança doente.

A Pediatra Flávia está disponível para esclarecer as suas dúvidas!

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